7 de nov. de 2011

Um sopro!



Flores na mesa e velas acesas.
Tuas mãos nas minhas... Um arrepio!

Degustamos vinho... olhos nos olhos.
Sorrimos!

Uma melodia completa a noite.
Só faltam os beijos delinqüidos.

As horas se passam... E o que se passa na mente?
Deve ser tempestade aventurada.

Fugir para o sul talvez.
Deve ser fogo!

Aquela roupa assassinando bons modos.
Aquela pele viciando outra...

Sem toque, sem nada.
Só as mãos libido.

Da pra sentir na ponta dos dedos o calor fluente.
E aquele mecânico bombeando o vermelho quente.

O vinho esquenta...
A comida esfria...

E nós dois ali, sem fome, querendo devorar a comida macia.
Calados, quietos e insanos.

Na lateral da mesa um isqueiro... Acendi um cigarro, pigarreei.
Falamos de política, de história.

Menos o careta nomeado amor.
Falamos até de dor.

Por minutos escapamos dos pensamentos delinqüidos.
Diante da mesa parecera até amigos.

Esvaziamos a garrafa quente.
Risos ecoaram na salinha.

Calamos.
Faltava somente uma coisa... Ás velas!


Dei um sopro
                                                      E o ato foi consumado.
                                           
                                                                                                                        

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