Flores na mesa e velas acesas.
Tuas mãos nas minhas... Um arrepio!
Degustamos vinho... olhos nos olhos.
Sorrimos!
Uma melodia completa a noite.
Só faltam os beijos delinqüidos.
As horas se passam... E o que se passa na mente?
Deve ser tempestade aventurada.
Fugir para o sul talvez.
Deve ser fogo!
Aquela roupa assassinando bons modos.
Aquela pele viciando outra...
Sem toque, sem nada.
Só as mãos libido.
Da pra sentir na ponta dos dedos o calor fluente.
E aquele mecânico bombeando o vermelho quente.
O vinho esquenta...
A comida esfria...
E nós dois ali, sem fome, querendo devorar a comida macia.
Calados, quietos e insanos.
Na lateral da mesa um isqueiro... Acendi um cigarro, pigarreei.
Falamos de política, de história.
Menos o careta nomeado amor.
Falamos até de dor.
Por minutos escapamos dos pensamentos delinqüidos.
Diante da mesa parecera até amigos.
Esvaziamos a garrafa quente.
Risos ecoaram na salinha.
Calamos.
Faltava somente uma coisa... Ás velas!
Dei um sopro
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