9 de jun. de 2012

Rosa secular



Meu papel guardado,
amante da poeira.
Vazio como minha
garganta seca.

É o seco secular
já morta de vida,
sem cor, sem tinta maculada.

Ela é filha da despetalada,
roubada no jardim
de Berlim.

Não é rosa malvada,
é lembrança guardada.
Antes bela, hoje apagada.

És herdeira perfumada,
carimbo do teu coração.
Guardei a pétala ferida de saudades
dolente e sofrida...





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