31 de mar. de 2012

Soturno


Alma de porcelana
que não faz nenhum escárnio
do amor lapidado,
não se atira à lama!


Quando ignorada,
sai fogo pela torneira
em pleno outono onde
as folhas secas retratam solidão...


Ressalto, meu amigo,
que coração ferido
é amigo da dor, e a dor
é pedra rasgada!


Pele alvacenta
sem sentir gosto de sol
por conta da garrafa de tequila
que estende-se vazia no chão da sala.


Prostrado,
paralisado,
perdido.
O coração bate sem fazer sentido.


E o que convém é
cavar o ermo sem riscar
nomes no vazio...



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