27 de mar. de 2012
Ferrugem
O porto é o remanso do corpo,
e as ondas é o que me possui.
A cor que me pinta vai ressaltando
a tinta que corre na minha garganta.
Embebedo meus olhos
lânguidos e espertos de tanto
desejo que o meu útero
desperta, e que em mim sobejo...
Beijo a garrafa com os
lábios suados de vinho,
e deixo escorrer uma gota
pelas mãos até pingar minha ferrugem!
Fico tresloucada pela
gota gelada que afeta meu espinho,
e sinto cheiro de pétalas de flor
tatuando ninho...
Minha ferrugem não tem dor,
tem só ardor de estar sozinho.
Me lazera devagar, e me
queima sem ninguém por perto!
Essa coisa de estar só, não é o que anseio.
É que sou essa solidão
como a tinta que percorre os meus seios
nas noites em que devoro poesias!
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