18 de fev. de 2012
Cerrei olhos, serrei a endoderme.
Devo meus passos no ato
do alto pra pousar meu
pouso e repousar sorrindo
ao ver de longe você sumindo...
Tua presença pesava meu corpo,
corroía meu osso,
chorava meu pulso.
E o impulso era nada!
Eu amava um ser vestido
de carne, esculpido de dor.
Se era amor,
que amor arde?
Suei meu sangue nas veias
numa noite de inverno
com um simples hidróxido de
ferro, e serrei minha endoderme.
Quem disse que doi como o amor?
Doeu a dor de rasgar a epiderme,
e eu não sentia dor maior
que já me tinha.
De quem corre a minha alegria?
Da melancolia, desalento,
misantropia ou esmorecimento?
Fique atento... É tudo destreza
pra golpear a lua, pra lhe tomar
tempo enquanto aqui estou
nua, e chorando sangue pelos ventos...
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